O primeiro diz respeito a um possível lobby feito pelo senador em favorecimento da cervejaria Schincariol. O outro, se refere a um envolvimento de Renan Calheiros em veículos de comunicação adquiridos por laranjas.
Além disso, o senador é acusado também de participar de um suposto esquema de arrecadação de dinheiro em ministérios comandados pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). As acusações foram todas confirmadas pelos diversos personagens que tornam as histórias ainda mais confusas.
No processo em que foi absolvido, Renan Calheiros era acusado de pagar despesas pessoais com recursos do lobista Cláudio Contijo, que é funcionário da construtora Mendes Júnior. Na votação do relatório que pedia a cassação do senador, foram 40 votos pela absolvição, 35 pela cassação e 6 abstenções. No Conselho de Ética, o mesmo relatório foi aprovado por 11 votos a 4.
O presidente do Senado pode ser denunciado também pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na última quinta-feira (20/09), o ministro Ricardo Lewandowski enviou ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, um inquérito contra Renan Calheiros.
Voto secreto
Na época da votação do primeiro processo contra o senador do PMDB, questionou-se o método usado pelos senadores. A sessão foi fechada, sem autorização para a participação da imprensa. Outro fato que causou críticas foi a utilização do voto secreto, o que para muito facilitou o "coleguismo" – prática em que as pessoas defendem seus companheiros de profissão.
Na última terça-feira (25/09), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu o pedido do senador Almeida Lima (PMDB-SE) para que fosse secreta a votação dos processos restantes contra o Renan Calheiros no Conselho de Ética do Senado.
O presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), expressou na última semana o desejo de unificar as três acusações contra Renan Calheiros. O argumento usado por Quintanilha é de que todos os processos têm o mesmo objetivo, o mesmo acusado e os mesmos interessados. A idéia tem ganhado força junto aos senadores, principalmente no grupo peemedebista aliado de Renan.
Um comentário:
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