quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Ambulantes prejudicam turismo no Pelourinho

É praticamente impossível passar cinco minutos no Centro Histórico de Salvador sem ser abordado por um vendedor ambulante. A cada novo turista que chega na região, a cena se repete: com mercadorias penduradas nos braços, eles avançam nas pessoas não deixando nem espaço para andar. Improvisando palavras em língua estrangeira, tentam vender à força seus produtos.

A estudante carioca Marcela Mota foi uma das vítimas desses ambulantes. Em menos de 15 minutos no Pelourinho, ela teve de rejeitar diversos produtos. “Nós já estamos acostumadas com essa abordagem, até por causa do Rio de Janeiro, mas isso incomoda muito porque atrapalha a gente de conhecer melhor os lugares”, disse Marcela, que durante a entrevista foi abordada por três vendedores.

Essa ação é condenada por muitos comerciantes e freqüentadores do Pelourinho. De acordo com eles, esses camelôs seriam uns dos responsáveis, além da criminalidade, pela queda do turismo no Centro Histórico. Por esse motivo, foi criada há seis anos a Associação de Vendedores Credenciados do Centro Histórico, entidade que cadastrou grande parte dos comerciantes informais e tentar regulamentar o comércio na região.


Segundo o vendedor de óculos Hélio Santos, representante da associação, a fundação da entidade só foi possível graças à união dos ambulantes. “Os turistas falam que todos deveriam ser cadastrados para melhorar nossa qualificação. Mas tem sempre um grupinho que continua ilegal e dificulta até mesmo a ação da Prefeitura”, comentou Santos, que trabalha no Pelourinho há 45 anos.

O cadastramento dos ambulantes e a retirada dos ilegais fazem parte de um pacote de medidas proposto pelo Governo do Estado. “Acredito que esse é o pior momento dos últimos dez anos. Continuamos buscando ações combinadas do governo municipal, estadual e até federal que permitam que o Pelourinho tenha uma vida mais digna”, comentou Clarindo Silva, dono da Cantina da Lua, um dos restaurantes mais tradicionais da região.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Audiência debate situação das barracas de praia

A novela as barracas de praia da Orla Marítima de Salvador pode estar perto de um final. No próximo dia seis de novembro será realizada uma audiência para discutir o Projeto Orla na 13ª Vara Federal. No encontro, representantes do Ministério Público, da Prefeitura de Salvador e dos barraqueiros deverão discutir quais são as prioridades na reforma nas barracas. A renovação, proposta pelo Poder Executivo Municipal, começou no ano passado e ainda não foi concluída devido a uma grande batalha judicial.

Os barraqueiros não estão satisfeitos com o projeto de requalificação apresentado pela Prefeitura. Eles criticam o fato de não terem participado da elaboração. A audiência que será realizada no começo de novembro será mediada pelo juiz Carlos D’Ávila Teixeira.

Um ponto que promete causar muita discussão no encontro na 13ª Vara Federal é o pedido de dispensa de licitação para ocupar as novas áreas destinadas às barracas. O Executivo e o Poder Judiciário têm divergido quanto a necessidade da concessão legal. Uma possível saída seria a alienação. Ou seja, a Prefeitura cederia a aérea pública para o uso dos barraqueiros.

Mesmo sem muita transparência no novo projeto para as barracas de praia, a secretária do Planejamento, Kátia Carmello, confirmou à imprensa alguns pontos. De acordo com ela, haverá uma redução no número de barracas – provavelmente em 50% - além de o canteiro central ser usado para abrigar parte dos imóveis.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Lambança baiana

Mais uma lambança no futebol baiano.
A Federação Baiana de Futebol (FBF) decidiu anular a partida entre o Guanambi e o Leônico, válida pela última rodada da primeira fase da Segunda Divisão do Campeonato Baiano de Futebol.
Isso porque a equipe do interior venceu por 10 a 0 o ex-Moleque Travesso, resultado que, coincidentemente, o time precisava para disputar a final da competição.
Vitória do Galícia, interessado em voltar à elite do futebol baiano.
Resta aguardar a nova data para a partida que será marcada pela FBF.
Resta saber também com qual motivação os jogadores do Leônico vão entrar em campo.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Renan Calheiros continua luta contra cassação

Depois de ser absolvido no Congresso Nacional no início do mês, o presidente do Senado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda corre o risco de ter o mandato cassado. Ele terá que responder a mais três processos por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.

O primeiro diz respeito a um possível lobby feito pelo senador em favorecimento da cervejaria Schincariol. O outro, se refere a um envolvimento de Renan Calheiros em veículos de comunicação adquiridos por laranjas.

Além disso, o senador é acusado também de participar de um suposto esquema de arrecadação de dinheiro em ministérios comandados pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). As acusações foram todas confirmadas pelos diversos personagens que tornam as histórias ainda mais confusas.

No processo em que foi absolvido, Renan Calheiros era acusado de pagar despesas pessoais com recursos do lobista Cláudio Contijo, que é funcionário da construtora Mendes Júnior. Na votação do relatório que pedia a cassação do senador, foram 40 votos pela absolvição, 35 pela cassação e 6 abstenções. No Conselho de Ética, o mesmo relatório foi aprovado por 11 votos a 4.

O presidente do Senado pode ser denunciado também pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na última quinta-feira (20/09), o ministro Ricardo Lewandowski enviou ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, um inquérito contra Renan Calheiros.

Voto secreto

Na época da votação do primeiro processo contra o senador do PMDB, questionou-se o método usado pelos senadores. A sessão foi fechada, sem autorização para a participação da imprensa. Outro fato que causou críticas foi a utilização do voto secreto, o que para muito facilitou o "coleguismo" – prática em que as pessoas defendem seus companheiros de profissão.

Na última terça-feira (25/09), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu o pedido do senador Almeida Lima (PMDB-SE) para que fosse secreta a votação dos processos restantes contra o Renan Calheiros no Conselho de Ética do Senado.

O presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), expressou na última semana o desejo de unificar as três acusações contra Renan Calheiros. O argumento usado por Quintanilha é de que todos os processos têm o mesmo objetivo, o mesmo acusado e os mesmos interessados. A idéia tem ganhado força junto aos senadores, principalmente no grupo peemedebista aliado de Renan.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Exemplo paulista

O presidente do Corinthians, Alberto Dualib, acaba de entregar sua carta de renúncia.

O dirigente é acusado de lavagem de dinheiro na parceria com a misteriosa MSI. A situação de Dualib à frente do Timão ficou complicada desde o mês de agosto, quando foi afastado do cargo.

Sem forças para continuar comandando a equipe, Alberto Dualib foi sensato e escolheu o melhor caminho, antes que o Conselho Deliberativo o tirasse do clube.

Um bom exemplo para os dirigentes do Bahia. Renunciar não é covardia. É um ato de grandeza.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Contra números não há argumentos

Já não é novidade afirmar a força da torcida do Bahia. Como de costume, a massa tricolor tem quebrado recorde atrás de recorde. Feitos dignos de causa inveja nos maiores clubes do futebol brasileiro.

Para os incrédulos, vamos aos números:

A média de público da Série C de 2007 é de 2 mil e 200 pagantes.

A média de público do Bahia é de 29 mil e 703 torcedores por jogo.

Do público total da competição, o Bahia responde por 22%.

Só como comparação:

A melhor média de público da Série A é do Sport Recife, com 25 mil e 238 torcedores.

Na Série B, a melhor média é do Santa Cruz, com 27 mil e 500 torcedores.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Calculadora nas mãos

O torcedor do Vitória tem um novo instrumento para torcer para seu time: a calculadora. A máquina vai acompanhar o rubro-negro até o final da Série B do Campeonato Brasileiro. As contas são fáceis. O difícil é o time cumprir o necessário até o final da competição.

Vamos aos números:
O Vitória tem hoje 38 pontos conquistados e ocupa a quinta colocação da Série B. Restam 13 rodadas para o final da competição. Seis partidas serão no Barradão.

De acordo com os matemáticos, com 63 pontos um time se classifica tranquilamente para a Série A do próximo ano.

Com base nesses cálculos, o rubro-negro vai precisar vencer todas as partidas em casa (18 pontos), vencer duas fora (seis pontos) e empatar outra (um ponto). Caso isso realmente aconteça, a equipe somaria mais 25 pontos, chegando assim aos 63 indicados.

De acordo com o site Chance de Gol, o Vitória tem 31,4% de voltar à primeira divisão.