quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Renan Calheiros continua luta contra cassação

Depois de ser absolvido no Congresso Nacional no início do mês, o presidente do Senado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda corre o risco de ter o mandato cassado. Ele terá que responder a mais três processos por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.

O primeiro diz respeito a um possível lobby feito pelo senador em favorecimento da cervejaria Schincariol. O outro, se refere a um envolvimento de Renan Calheiros em veículos de comunicação adquiridos por laranjas.

Além disso, o senador é acusado também de participar de um suposto esquema de arrecadação de dinheiro em ministérios comandados pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). As acusações foram todas confirmadas pelos diversos personagens que tornam as histórias ainda mais confusas.

No processo em que foi absolvido, Renan Calheiros era acusado de pagar despesas pessoais com recursos do lobista Cláudio Contijo, que é funcionário da construtora Mendes Júnior. Na votação do relatório que pedia a cassação do senador, foram 40 votos pela absolvição, 35 pela cassação e 6 abstenções. No Conselho de Ética, o mesmo relatório foi aprovado por 11 votos a 4.

O presidente do Senado pode ser denunciado também pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na última quinta-feira (20/09), o ministro Ricardo Lewandowski enviou ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, um inquérito contra Renan Calheiros.

Voto secreto

Na época da votação do primeiro processo contra o senador do PMDB, questionou-se o método usado pelos senadores. A sessão foi fechada, sem autorização para a participação da imprensa. Outro fato que causou críticas foi a utilização do voto secreto, o que para muito facilitou o "coleguismo" – prática em que as pessoas defendem seus companheiros de profissão.

Na última terça-feira (25/09), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu o pedido do senador Almeida Lima (PMDB-SE) para que fosse secreta a votação dos processos restantes contra o Renan Calheiros no Conselho de Ética do Senado.

O presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), expressou na última semana o desejo de unificar as três acusações contra Renan Calheiros. O argumento usado por Quintanilha é de que todos os processos têm o mesmo objetivo, o mesmo acusado e os mesmos interessados. A idéia tem ganhado força junto aos senadores, principalmente no grupo peemedebista aliado de Renan.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Exemplo paulista

O presidente do Corinthians, Alberto Dualib, acaba de entregar sua carta de renúncia.

O dirigente é acusado de lavagem de dinheiro na parceria com a misteriosa MSI. A situação de Dualib à frente do Timão ficou complicada desde o mês de agosto, quando foi afastado do cargo.

Sem forças para continuar comandando a equipe, Alberto Dualib foi sensato e escolheu o melhor caminho, antes que o Conselho Deliberativo o tirasse do clube.

Um bom exemplo para os dirigentes do Bahia. Renunciar não é covardia. É um ato de grandeza.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Contra números não há argumentos

Já não é novidade afirmar a força da torcida do Bahia. Como de costume, a massa tricolor tem quebrado recorde atrás de recorde. Feitos dignos de causa inveja nos maiores clubes do futebol brasileiro.

Para os incrédulos, vamos aos números:

A média de público da Série C de 2007 é de 2 mil e 200 pagantes.

A média de público do Bahia é de 29 mil e 703 torcedores por jogo.

Do público total da competição, o Bahia responde por 22%.

Só como comparação:

A melhor média de público da Série A é do Sport Recife, com 25 mil e 238 torcedores.

Na Série B, a melhor média é do Santa Cruz, com 27 mil e 500 torcedores.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Calculadora nas mãos

O torcedor do Vitória tem um novo instrumento para torcer para seu time: a calculadora. A máquina vai acompanhar o rubro-negro até o final da Série B do Campeonato Brasileiro. As contas são fáceis. O difícil é o time cumprir o necessário até o final da competição.

Vamos aos números:
O Vitória tem hoje 38 pontos conquistados e ocupa a quinta colocação da Série B. Restam 13 rodadas para o final da competição. Seis partidas serão no Barradão.

De acordo com os matemáticos, com 63 pontos um time se classifica tranquilamente para a Série A do próximo ano.

Com base nesses cálculos, o rubro-negro vai precisar vencer todas as partidas em casa (18 pontos), vencer duas fora (seis pontos) e empatar outra (um ponto). Caso isso realmente aconteça, a equipe somaria mais 25 pontos, chegando assim aos 63 indicados.

De acordo com o site Chance de Gol, o Vitória tem 31,4% de voltar à primeira divisão.

domingo, 9 de setembro de 2007

Quando vencer não é o bastante

O Vitória derrotou o Santo André por 2 a 0 no sábado. Seria a salvação do técnico Marco Aurélio, certo? Errado.

Com uma campanha pífia, o treinador foi demitido ontem pela diretoria do rubro-negro.

Vai embora e não deixa saudade.

Para seu lugar o Vitória deve apresentar amanhã Oswaldo Alvarez, o Vadão.

Uma boa contratação? Talvez.

Foi com ele que o Bahia não conseguiu subir para a Série A em 2004.

Mas, como cada caso é um caso...

sábado, 8 de setembro de 2007

Santa ingenuidade

Se errar é humano e persistir no erro é burrice, o presidente do Vitória, Jorge Sampaio, está prestes a assinar seu atestado de pouca competência mental.
Depois de ser enrolado pelos dirigentes do Cruzeiro, os Irmãos Petralha, na venda do meia Leandro Domingues, o presidente do Vitória vai mais uma vez fazer um negócio daqueles com a equipe mineira.
Na semana passada, Jorge Sampaio foi a Belo Horizonte para um jantar com os mineiros. A pauta da reunião era a venda do lateral-direito Apodi, do meia Bida e do atacante Índio.
O baiano voltou da terra do pão de queijo dizendo a todos que nada foi confirmado.
No entanto, o Uol Esportes divulgou ontem uma notícia dando como certa a venda de Apodi. De acordo com o site, a negociação ainda não foi fechada, mas os valores já foram definidos e o lateral, xodó da torcida rubro-negra, se apresenta na Toca da Raposa em 2008.
Como sempre, Jorge Sampaio diz que não fechou o negócio. Resta saber se os cruzeirenses vão manter a escrita e, mais uma vez, enrolar a equipe baiana.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Censura tricolor na Fonte Nova

Que a diretoria do Bahia passa longe de ser democrática, isso todos já estão carecas de saber. Mas, um fato ocorrido no último jogo do tricolor na Fonte Nova chocou grande parte dos torcedores.
O Movimento Avante Esquadrão levou para o estádio uma faixa com os dizeres: "Maracajá e Cia., a derrota do Bahia". Algo normal quando se fala em democracia, afinal é direito de todo e qualquer cidadão protestar.
No entanto, em mais uma atitude arbitrária, dirigentes do Bahia mandaram seguranças retirarem a faixa. O vídeo foi parar no Youtube e mereceu comentários até no Blog do Juca Kfouri.
Através de sua assessoria de imprensa, o Bahia negou qualquer envolvimento com o episódio. "A diretoria já tomou conhecimento do assunto, mas não sabe de onde partiu a ordem para que ela fosse retirada", comentou o assessor de imprensa do Esporte Clube Bahia.